domingo, 22 de junho de 2008

CAPÍTULO SETE - NUM TÉDIO SEM REMÉDIO [parte 6]

 Paralamas do Sucesso - Lanterna dos Afogados



Fico olhando para ele na tentativa de achar um sinal de mentira. Mas a única coisa que consigo é ficar com vontade de abraçar e beijar o Andrey. Como sou fraca! Ele me dá um sorrisinho e derreto toda.
-E que autógrafo que você conseguiu para mim?
Ao lembrar do autógrafo fico vermelha, e pondero se devo contar sobre o meu mico. Com um segundo, chego a conclusão que não! Imagina como ele ficaria triste por ter magoado seu cantor preferido. Nunca.
-Do Leandro. – digo rapidamente.
-Do Leandro? Mas como, por psicografia– pergunta ele risonho.
Ai, eu de novo. Será que não consigo dizer Leonardo? Leonardo, Leonardo e mais uma vez Leonardo.
-Não, desculpa. É Leonardo.
-Você está brincando?
-Não, é sério. Está aqui – e entrego para ele o maldito papel.
Andrey olha fascinado; Percebo que o Leonardo é pra ele o que os Paralamas do Sucesso são para mim. E quase não me arrependo do mico que paguei para conseguir aquela assinatura.
-Sabe que te adoro?
E ele larga o papel e vai para cima de mim. Me beija como se não me visse há dias, se bem que isso não é tão mentira assim, afinal ficamos 55 horas 25 minutos e mais alguns segundos. Ahh, acreditou que eu tinha contado? Brincadeirinha, não sou tão psicopata assim.

[fim do capítulo sete]